6/20/2013

Dom Heriberto Hermes, OSB, Bispo Emérito da Prelazia de Cristalândia

Dom Heriberto Hermes, OSB, bispo emérito da Prelazia de Cristalândia, recebeu muitos reconhecimentos na celebração dos seus oitenta anos de idade. No final da celebração da Eucaristia presidida por ele mesmo na Matriz São José Operário, Paraíso, TO, dia 14 de junho, várias pessoas manifestaram gratidão, parabéns e homenagens. Os bispos das cinco dioceses no estado de Tocantins estavam presentes; uns vinte presbíteros; e muitos amigos e amigas da Prelazia, de outras cidades e de outros estados. Dom Rodolfo Weber, bispo da Prelazia de Cristalândia, em sua homilia disse que D. Heriberto carrega um grande tesouro na fragilidade do seu corpo, baseando-se da leitura bíblica 2 Cor 4, 7-8. Após a missa houve jantar festivo no salão da paróquia. Dom Heriberto mora em Paraíso, Tocantins na Casa Paroquial com os Redentoristas da Província de Goiânia desde aposentar em maio de 2009. Ele continua ativo no acompanhamento de centros e núcleos de Direitos Humanos, e colabora com o pároco com as missas nas comunidades. Em julho D. Heriberto estará com familiares nos Estados Unidos para comemorar seus 80 anos ao lado do seu irmão gêmeo, Norbert.

Espiritualidade do Presbítero hoje

No Centro de Formação Dom Fernando, durante a Reunião do Clero do dia 06 de junho de 2013, Dom Antônio Ribeiro de Oliveira, Arcebispo Emérito de Goiânia, na véspera de celebrar seus 87 anos, partilhou com padres, diáconos, seminaristas e o bispo auxiliar Dom Waldemar, sobre espiritualidade presbiteral. Por 90 minutos ele falou das suas experiências, conhecimento e prática como presbítero e bispo. Baseou-se na sua própria vivência, no ritual da ordenação dos presbíteros e nos documentos do Concilio Vaticano II. Fé, oração, vivência e ministério são elementos desta espiritualidade. O padre é servidor de Cristo, mas num convívio de amizade e filiação divina. “Não vos chamo servos, mas amigos... Eu vos escolhi.” (Jo 15, 15-16). O Senhor chama seus presbíteros a “serem santos como Eu sou santo”. Graça, caridade e santidade fazem parte da vivência cotidiana do ministro consagrado. Na celebração dos mistérios da fé ele se veste de caridade. Ele é ouvinte da Palavra de Deus, orante com o povo, sempre pedindo “aumentai minha fé, caridade e esperança”. O padre é pastor, profeta e rei, figura de Jesus Cristo, Mestre, Luz e Bom Pastor. Dom Antônio deu uma sugestão bem prática para que as homilias dominicais dos padres pregadores sejam frutuosas. A partir de segunda-feira o presbítero deve tomar conhecimento das leituras, estudando, meditando e orando as mesmas durante o resto da semana. É para amar e viver a palavra de Deus, e depois pregá-la. Dom Antônio fez referência ao documento do Vaticano II, “Gaudium et Spes”, que é um anúncio ao povo levando em conta a sua realidade. Também a homilia do padre deve levar a vida concreta, despida dos sentimentos particulares, para falar em nome de Deus. O bispo emérito chamou seus ouvintes a serem “hóstias” para outros. A caridade pastoral leva o presbítero a zelar pelo rebanho de Cristo, colocar-se ao serviço. Ele indicou a importância de disponibilidade em atender confissões, ungir os doentes e fazer pastoral em conjunto. Os trabalhos em equipe para formar comunidade são mais importantes que a realização pessoal. O uso do tempo manifesta prioridades: “vigiai comigo” no lugar de jogos na televisão ou Internet. A leitura espiritual e a Liturgia das Horas são alimentos necessários para nossa espiritualidade. Finalizando, ele acentuou o valor da presença feminina de Maria, a Mãe de Deus, na vida do presbítero. Ela desperta no ministro a beleza espiritual no seu ministério. Ela, eleita, escolhida é a serva do Senhor, sempre discípula fiel.